Opinião Política | Raquel Simões [IL] – O Estado na educação

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Opinião Política | Raquel Simões [IL] – O Estado na educação

 

Tal como tantas outras áreas fundamentais em Portugal, a educação já teve melhores dias. Estamos em fevereiro e ainda há turmas sem professores a todas as disciplinas. Todos os dias faltam em média 11 mil professores nas escolas portuguesas, o que afeta cerca de 5 mil turmas diariamente.

Nos resultados do PISA de 2022, os alunos portugueses tiveram piores resultados a Matemática, na leitura e em Ciências, quando comparados com os dados de 2018. Os nossos alunos ainda sofrem com as políticas restritivas da pandemia e é necessária uma recuperação das aprendizagens dos conteúdos em atraso.

Uma boa educação é importantíssima para dotarmos os nossos jovens de ferramentas e conhecimentos para que tenham oportunidades de melhorar as suas condições de vida. E isso começa logo desde cedo, na creche. Se consultarmos a aplicação creche feliz, verificamos que muitas freguesias não têm vaga para as nossas crianças, incluindo no nosso concelho. Muitos pais não têm onde colocar os seus filhos para poderem regressar ao seu trabalho. A Iniciativa Liberal defende que cada família deve ter direito a um cheque-creche para que possam escolher a creche onde pretendem colocar o seu filho, seja no setor privado ou social. O mesmo quando deixam a creche e entram no ensino básico: cada família deve poder escolher a escola do seu educando. Como? Mudando o financiamento da escola para o financiamento por aluno.

É igualmente importante dotar os nossos alunos de conhecimento a nível financeiro. A Iniciativa Liberal apresentou um projeto de resolução para incluir literacia no currículo escolar e nenhum partido da esquerda votou a favor. A esquerda não quer que as pessoas tenham mais conhecimento financeiro porque significaria menos votos no socialismo. Defendemos um maior conhecimento para que todos os cidadãos possam decidir com mais consciência e, consequentemente, tomarmos melhores decisões.

A escola deve ser um efetivo elevador social mas tal não acontece em Portugal. Dados de 2018 dizem-nos que uma família com um baixo rendimento demora 5 gerações até que consiga um rendimento médio. Somos um país com pouca mobilidade social e é gravíssimo que não se consiga subir na vida a trabalhar. Quem nasce com poucos recursos está destinado a continuar pobre e as gerações futuras também. Está na hora de mudar.

Não tenhamos medo de mudar. Portugal merece mais.

As opiniões expressas neste artigo são da responsabilidade exclusiva do autor

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